Investir em pessoas
Tanto em uma empresa, como em uma família, o fator fundamental que as constituem, são as pessoas e os papeis que exercem na corporação ou na comunidade.
Vejo que muitas vezes há pouco investimento nas pessoas e na formação de profissionais. Todas as empresas querem maior produtividade, os melhores profissionais, enxugamento de despesas e aumento de seus lucros.
Tudo isto é de fato desejável em uma empresa de sucesso, mas quem faz isto acontecer são pessoas.
Mais do que treinamentos e cursos é preciso ter a pessoa certa no lugar certo. Isto traz aumento de produtividade e redução de custos, pois ao contrário do que muito se diz no mundo corporativo “não é pessoal”, cada um de nós tem uma habilidade nata, uma personalidade distinta, desejos, necessidades e sonhos e, quando vamos trabalhar, levamos isto conosco, já que somos seres indivisíveis. Não dá para deixar nossa emoção em casa se divertindo e mandar a nossa razão para o trabalho.
Quando se faz aquilo que está dentro de nosso talento natural o trabalho flui, é feito com precisão e qualidade. Portanto, é muito importante investir primeiramente na contratação do profissional adequado ao cargo, independentemente de ser o melhor profissional do mercado. Há uma grande diferença nisso! O melhor para uma empresa não é necessariamente o melhor para todas. É preciso encontrar a pessoa que será feliz na empresa, executando algo que venha de sua essência, que encontre um ambiente fértil para o seu desenvolvimento e onde empresa e profissional se alinhem em seus propósitos.
Você só consegue vender algo que você mesmo compraria.
Sabendo-se que o boca-a-boca é o canal de vendas mais eficaz e, que todos que trabalham em uma empresa são seus vendedores, quando felizes, serão seus divulgadores mais fiés e críveis.
Outro ponto a se considerar sobre treinamento é a inclusão de práticas que efetivamente irão trazer benefícios aos profissionais e às empresas no seu dia-a-dia e que promovam a inclusão geracional, afinal convivemos com várias gerações diferentes nas empresas, que apresentam objetivos e métodos totalmente distintos, sem contar o fator relacional.
Digo isto, pois ao ouvir o relato de várias pessoas em empresas que passam de geração em geração, o ponto em que todas se assemelham é que quem vendia para o pai, agora encontra dificuldades em vender para o filho. Ai entra o fator relacional, muito forte emocionalmente na geração dos pais e mais técnica na geração dos filhos.
Treinar e esperar que isso, por si só traga os resultados esperados, pode ser um desapontamento para ambas as partes. Deve haver um propósito corporativo bem claro para que o funcionário melhor capacitado possa desempenhar melhor sua função e, consequentemente, o investimento da empresa ter o retorno esperado.
Cada vez mais o fator humano será o diferencial. É possível perceber que as novas gerações entendem a carreira como sua e não da empresa, nela permanecem quando felizes e em um ambiente favorável ao seu desenvolvimento.
As mudanças continuarão ocorrendo e de forma cada vez mais rápidas, por isso, o ponto aqui é como transitar neste campo, criando um ambiente em que todos contribuam com o que têm de melhor e ainda assim haja senso comum sobre o objetivo pessoal e o da empresa, de forma que ambas as partes cumpram seu papel e recebam a merecida recompensa.
Um bom exemplo disto foi abordado no filme “Um senhor estagiário”, relatando de forma brilhante e muito sensível a pessoa, seus valores e o que ela tem a oferecer, independentemente de sua idade.
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