A geração de 60
Vendo as manifestações de Domingo, pela TV, me dei conta de algo incrível.
A geração de 60, na qual eu me incluo, foi privilegiada pela história.
- Vimos o homem pisar na lua.
- Vimos o cometa Harley.
- Vimos o país sair da ditadura e fomos a primeira geração a exercer o voto direto para presidente e, depois disso, a liberdade de imprensa.
- O mercado se abriu e pudemos ter acesso a produtos e serviços que antes eram possíveis somente para quem podia viajar ao exterior – teve um custo alto, é verdade, mas também nos propiciou ver um impeachment e a globalização.
- Vimos o mundo se transformar com a tecnologia. Primeiro os computadores pessoais, que facilitaram muito a nossa vida, depois os softwares amigáveis.
- Presenciamos o celular e a Internet que revolucionaram o mundo, nos dando mobilidade e derrubando fronteiras.
- Então vieram as redes sociais, e-commerce, novos devices, aplicativos e um mundo de possibilidades.
- Assistimos à virada de um milênio.
Adaptamo-nos a tudo isso, somada à nossa capacidade de fazer o mesmo quando isso não existia, convivendo com o novo e a experiência.
Agora estamos assistindo a um novo episódio na história, que é a maturidade da democracia, que resultará em cidadania e consciência do povo, dos seus deveres e, principalmente dos seus direitos.
Aí eu me pergunto: quem pode nos chamar de velhos e ultrapassados com esta bagagem toda? O que importa em uma pessoa não é sua idade e realizações passadas e sim, que mudanças e que bem ela está disposta a fazer a partir de agora.
Nós somos sim os olhos de uma mudança incrível que poucos tiveram a chance de ver e viver. Somos sobreviventes corajosos e capazes de enfrentar as mudanças que virão – maiores e muito mais rápidas – e sairmos ainda mais fortes e enriquecidos.